quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Seitas

Conhecendo as Seitas
As Seitas estão em todos os lugares. Algumas são populares e amplamente aceitas. Outras são isolacionistas e procuram se esconder, para evitar um exame de suas ações. Elas estão crescendo e florescendo a cada dia. Algumas seitas causam grande sofrimento aos seus seguidores, enquanto outras até parecem muito úteis e benéficas.

Com a proximidade do final do século, estão surgindo novas seitas religiosas e filosóficas responsáveis pelos mais absurdos ensinamentos com relação ao final dos tempos. Essas confusões de idéias estão sendo despejadas em cabeças incautas, acabando muitas vezes em tragédias de grandes proporções.

Em 1978, o então missionário norte-americano Jim Jones foi responsável pela morte de 900 seguidores, na Guiana Francesa, todos envenenados após ter anunciado a eles o fim do mundo. Um fato interessante desse trágico acontecimento foi o depoimento de um dos militares americanos responsáveis pela remoção dos corpos. Ele disse que, após vasculhar todo o acampamento, não foi encontrado um só exemplar da Bíblia. Jim Jones substituiu a Bíblia por suas próprias palavras.

Em 1993, o líder religioso David Koresh, que se intitulava a reencarnação do Senhor Jesus, promoveu um verdadeiro inferno no rancho de madeira, onde ficava a seita Branch Davidian. Seduzindo os seguidores com a filosofia de que deveria morrer para depois ressuscitar das cinzas, derramou combustível no rancho e ateou fogo, matando 80 pessoas, incluindo 18 crianças.

Em 1997, outra seita denominada Heaven’s Gate (Portão do Céu), que misturava ocultismo com fanatismo religioso, levaram 40 seguidores ao suicídio. Na ocasião, essas pessoas acreditavam que seriam conduzidas para outra dimensão em uma nave que surgiria na cauda do cometa Halley Bop.

No Brasil também existem muitas seitas e denominações que se reforçam em profecias do Apocalipse. Uma das mais conhecidas, devido ao destaque dado pela mídia, são as Borboletas Azuis, da Paraíba, que em 1980 anunciou um dilúvio para aquele ano.

Em Brasília, encontra-se o Vale do Amanhecer, que conta com aproximadamente 36.000 adeptos. No Paraná, um homem de nome Iuri Thais, se auto-intitula como o próprio Senhor Jesus reencarnado. Fundador da seita Supremo Ordem Universal da Santíssima Trindade, ele parece ter decorado a Bíblia de capa a capa e, com isso, tem enganado a muitos.

Muitas das seitas são conhecidas dos cristãos brasileiros, a saber: Mormonismo, Testemunhas de Jeová, etc. Mas muitas novas seitas pseudo-cristãs estão chegando ao Brasil e são pouco conhecidas: Igreja Internacional de Cristo/Boston (Igreja de Cristo, no Brasil), Ciência Cristã, Escola Unida do Cristianismo, Meninos de Jesus etc.

Quase todas essas seitas refutam a Trindade (com a conseqüente diminuição do Senhor Jesus Cristo), a ressurreição, a salvação pela Graça e contrariam outros princípios bíblicos.


Aspectos Comuns das Seitas
Existem muitos aspectos comuns entre as seitas que têm se disseminado pelo mundo. É importante que nós saibamos reconhecer suas características, a fim de que não sejamos enganados ou até mesmo desviados da verdadeira fé cristã.

– As seitas subestimam o valor do Senhor Jesus ou colocam-no numa posição secundária, tirando-lhe a divindade e os atributos divinos como conseqüência;
– Crêem apenas em determinadas partes da Bíblia e admitem como "inspirados" escritos de seus fundadores ou de pessoas que repartem com eles boa parte daquilo que crêem;
– Dizem ser os únicos certos;
– Usam de falsa interpretação das escrituras;
– Ensinam o homem a desenvolver sua própria salvação, muitas vezes, sob um conceito totalmente naturalista;
– Costumam buscar suas presas em outras religiões, conseguindo desencaminhar para o seu meio, inclusive, muitos bons cristãos.

Conhecendo um Pouco mais as Seitas
Este esboço básico lhe dará informações de como as seitas trabalham e como evitá-las. Se você tem alguém conhecido que está perdido numa seita, é preciso orar e pedir ao Senhor que tire essa pessoa de lá e lhe dê a perspicácia e as ferramentas para ajudá-lo neste trabalho. Pode ser uma tarefa longa e árdua, porque, definitivamente, este não é um ministério fácil.


1 – O que é uma seita?
– Geralmente é um grupo não-ortodoxo, esotérico (do grego esoterikós, que significa conhecimento secreto, ao alcance de poucos). Podem ter uma devoção a uma pessoa, objeto, ou a um conjunto de idéias novas. As seitas costumam fazer uso das seguintes práticas:
Freqüentemente isolacionistas – para facilitar o controle dos membros fisicamente, intelectualmente, financeiramente e emocionalmente.
Freqüentemente apocalípticas – dão aos membros um enfoque no futuro e um propósito filosófico para evitar o apocalipse.
Fornecem uma nova filosofia e novos ensinos – revelados pelo seu líder.
Fazem doutrinação – para evangelismo e reforço das convicções de culto e seus padrões.
Privação – quebrando a rotina do sono normal e privação de comida combinada com a doutrinação repetida (condicionamento), para converter o candidato a membro.
– Muitas seitas contém sistemas de convicção “não-verificáveis”.
Por exemplo, algumas ensinam algo que não pode ser verificado:
Uma nave espacial que vem atrás de um cometa, para resgatar os membros.
Ou, Deus, um extraterrestre ou anjo apareceu ao líder e lhe deram uma revelação.
Os membros são anjos vindos de outro mundo, etc.
Freqüentemente, a filosofia da seita só faz sentido se você adotar o conjunto de valores e definições que ela ensina.
Com este tipo de convicção, a verdade fica inverificável, interiorizada, e facilmente manipulada pelos sistemas filosóficos de seu(s) inventor(es).
– O Líder de uma Seita:
É freqüentemente carismático e considerado muito especial por razões variadas:
O líder recebeu revelação especial de Deus.
O líder reivindica ser a encarnação de uma deidade, anjo, ou mensageiro especial.
O líder reivindica ser designado por Deus para uma missão.
O líder reivindica ter habilidades especiais.
O líder está quase sempre acima de repreensão e não pode ser negado nem contradito.
– Como se comportam as Seitas?
Normalmente buscam fazer boas obras, caso contrário ninguém procuraria entrar para elas.
Parecem boas moralmente e possuem um padrão de ensino ético.
Muitas vezes, quando usam a Bíblia em seus ensinos, utilizam também “escrituras” ou livros complementares.
A Bíblia, quando usada, é sempre distorcida, com interpretações próprias, que vão de encontro à filosofia da seita.
Muitas seitas “recrutam” o Senhor Jesus como sendo um deles, redefinindo-o adequadamente.
– Algumas seitas podem variar grandemente.
Do estético ao promíscuo.
Do conhecimento esotérico aos ensinamentos muito simples.
Da riqueza e poder à pobreza e fraqueza.

2 – Quem é vulnerável a entrar para uma seita?
– Todas as pessoas são vulneráveis – rico, pobre, educado, não-educado, velho, jovem, religioso, ateu, etc.
– Perfil geral do membro em potencial de uma seita (alguns ou todos os itens seguintes).
Desiludido com estabelecimentos religiosos convencionais.
Intelectualmente confuso em relação a assuntos religiosos e filosóficos.
Às vezes desiludido com toda a sociedade.
Tem uma necessidade por encorajamento e apoio.
Emocionalmente carente.
Necessidade de uma sensação de propósito, um objetivo na vida.
Financeiramente necessitado.

3 – Técnicas de recrutamento.
– As seitas encontram uma necessidade e a preenchem. As táticas mais usadas são:
“Bombardeio de Amor – Love Bombing” – que é a demonstração constante de afeto, através de palavras e ações.
Às vezes há muito contato físico como abraços, tapinhas nas costas, toques e apertos de mão.
Emprestam apoio emocional a alguém em necessidade.
Ajuda de vários modos, onde for preciso.
Desta maneira, a pessoa fica em débito então com a seita e procura de algum modo retribuir.
Elogios que fazem a pessoa pensar que é o centro das atenções.
– Muitas seitas usam a influência da Bíblia ou mencionam Jesus como sendo um deles; dando validade assim ao seu sistema.
Escrituras distorcidas.
Usam versículos tirados da Bíblia fora do contexto.
Então misturam os versículos mal interpretados com a filosofia aberrante delas.
– Envolvimento gradual.
1) Alterando lentamente o processo de pensamento e o sistema de convicção da pessoa, através da repetição dos seus ensinos (condicionamento).
2) As pessoas normalmente aceitam as doutrinas de uma seita um ponto de cada vez.
3) Convicções novas são reforçadas por outros membros da seita.

4 – Por que alguém seguiria uma Seita?
– A seita satisfaz várias necessidades:
Psicológica – Alguém pode ter uma personalidade fraca, facilmente manipulável.
Emocional – A pessoa pode ter sofrido um trauma emocional recente ou no passado.
Intelectual – O membro tem perguntas que este grupo responde.
– A seita dá a seus membros a aprovação, aceitação, propósito e uma sensação de pertencer a algum grupo.
– A seita pode ser atraente por algumas razões. Podem ser.
Rigidez moral e demonstração de pureza.
Segurança financeira.
Promessas de exaltação, redenção, “consciência mais elevada” ou um conjunto de outras recompensas.

5 – Como as pessoas são mantidas na Seita?
– Dependência:
As pessoas querem freqüentemente ficar porque a seita vai de encontro às suas necessidades psicológicas, intelectuais e espirituais.
– Isolamento:
O contato com pessoas de fora do grupo é reduzido e cada vez mais a vida do membro é construída ao redor da seita.
Fica muito mais fácil então controlar e moldar o membro.
– Reconstrução cognitiva (Lavagem cerebral):
Uma vez que a pessoa é doutrinada, os processos de pensamentos deles (delas) são reconstruídos para serem consistentes com a seita e ser submisso a seus líderes.
Isto facilita o controle pelo (s) líder (es) da seita.
– Substituição:
A Seita e os líderes ocupam freqüentemente o lugar de pai, mãe, pastor, professor etc.
Freqüentemente o membro assume as características de uma criança dependente, que busca ganhar a aprovação do líder ou do grupo.
– Obrigação:
O membro fica endividado emocionalmente com o grupo, às vezes financeiramente, etc.
– Culpabilidade:
É dito para a pessoa que sair da seita é trair o líder, Deus, o grupo, etc.
É dito também que deixar o grupo é rejeitar o amor e a ajuda que o grupo deu.
– Ameaça:
Ameaça de destruição por “Deus” por desviar-se da verdade.
Às vezes ameaça física é usada, entretanto não freqüentemente.
Ameaça de perder o apocalipse, ou ser julgado no dia do julgamento, etc.

6 – Como podemos tirar alguém de uma Seita?
– A melhor coisa é não tentar um confronto direto no primeiro encontro, o que pode assustar o membro e afastá-lo de você.
– Se você é um Cristão, então interceda em oração pela pessoa primeiro.
– Para tirar uma pessoa de uma seita é necessário tempo, energia, e apoio.
– Ensine a verdade:
Dê-lhe a verdadeira substituição para o sistema de convicção aberrante que ela aprendeu, ou seja, o Evangelho da Graça de Jesus Cristo.
Mostre as inconsistências da filosofia do grupo, à luz da Bíblia.
Estude a seita e aprenda sua história, buscando pistas e informações.
– Tente afastá-lo fisicamente da seita por algum tempo, para quebrar o laço de isolamento.
– Dê o apoio emocional de que ele precisa.
– Alivie a ameaça de que se ele deixar o grupo, estará condenado ou em perigo.
– Geralmente, não ataque o líder do grupo, deixe isso para depois. Freqüentemente o membro da seita tem lealdade e respeito para com o fundador ou líder.
– Confronte outro membros da seita ao mesmo tempo, somente quando for inevitável.

Heresias

O Homem um Ser Religioso
O surgimento da religiosidade

Gn 4.3 –7 Compreender a origem e a natureza da religiosidade é básico para entendermos a extrema disseminação de seitas e ensinos falsos, não apenas em nossos dias, mas em toda a história da humanidade. Este texto espelha de uma forma clara, a maneira pela qual o espírito de religiosidade começou a se manifestar entre os homens.

A palavra “religião” vem do latim religio, que significa “religar”. O conceito implícito nessa palavra é o de uma tentativa do homem de “religar-se” a Deus, reatando uma comunhão rompida. Esse sentimento “religioso” é comum a todos os homens, não importando sua origem social ou geográfica.

A religião surgiu no vácuo provocado pela ausência da comunhão autêntica com Deus. O homem foi feito para viver em comunhão com Deus, e na falta dessa comunhão ele experimenta, ainda que inconscientemente, um sentimento de profunda frustração. Esse anseio (e não o "medo do desconhecido", como muitos sustentaram no passados) é que originou na humanidade a busca religiosa. O texto que lemos caracteriza alguns aspectos essenciais do espírrito de religiosidade.

– Caim ofertou do que lhe sobrava, enquanto Abel trouxe suas primícias (note as palavras “oferta” e “primícias”, nos versículos 3 e 4). O espírito religioso sempre oferta do que sobra, seja dinheiro, tempo, esforço;
– Caim procurou aproximar-se de Deus por seus próprios meios, enquanto Abel, pelo meio determinado por Deus. Este é um dos principais motivos que levou o Senhor a rejeitar a oferta de Caim. Em Gn 3.21 vemos pela primeira vez nas Escrituras o surgimento de uma vítima sacrificial (se Adão e Eva foram vestidos por Deus com roupas de peles, um animal teve que ser morto!). Esta verdade é a mesma que aparece registrada em Hb 9.22. Em conexão com Gn 3.21, é importante lembrar que a palavra hebraica que significa “cobrir” tem o sentido do termo “propiciação”, que é a palavra utilizada pelo Novo Testamento para definir a obra redentora de Jesus na cruz, veja Rm 3.24,25. Ora, o espírito de religiosidade sempre apresenta uma oferta que Deus não pediu, que é incapaz de resolver o verdadeiro problema que separa o homem de Deus: às vezes são “obras”, outras vezes são “rituais”, mas sempre são coisas que não podem tratar adequadamente o problema do pecado. Abel, pela fé, apresentou o Senhor Jesus (porque todo sacrifício de animais no Velho Testamento apontava profeticamente para Jesus). Já Caim, apresentou a si próprio: suas obras, seu trabalho, suas iniciativas!
Caim apresentou, à recusa da sua oferta, a reação característica do espírito de religiosidade. Veja Gn 4.5b. É a reação característica do orgulho ferido. O espírito de religiosidade é sempre o espírito do farisaísmo, o qual é marcado por uma idéia elevada de si próprio, o que o leva automaticamente a não cogitar jamais a possibilidade de ser recusado. Neste ponto, é diametralmente oposto ao espírito do cristão, o qual é marcado por um coração quebrantado. Vemos uma ilustração clara disso na parábola do fariseu e do publicano (Lc 18.9–14). Se a situação fosse inversa, e o publicano fosse rejeitado, ele simplesmente continuaria orando por misericórdia, porque era um homem de coração quebrantado; mas o fariseu jamais suportaria ser rejeitado, porque estava firmado nos seus “méritos”!

Gn 4.7 Todas as religiões sempre têm sua base no que o homem pretende fazer ou ser, por si só, independente de quem quer que seja. A palavra de Deus para Caim foi “Se procederes bem... serás aceito”. Proceder bem, aqui tem o sentido de fazer o que é correto, aproximar-se de Deus da maneira certa. No Velho Testamento, essa maneira era a observância da lei e dos sacrifícios, tendo em vista a obra de Jesus que se manifestaria no futuro. No Novo Testamento, é a aproximação de Deus unicamente através de Jesus, submetendo-se ao Seu senhorio e governo e confiando apenas nos méritos da Sua obra realizada em nosso favor. Não é difícil, contudo, verificar como o homem procurou seguir o caminho de Caim desde o princípio da humanidade.

Gn 16,17 Caim foi tanto o iniciador da religião como o primeiro a procurar construir uma sociedade à parte de Deus. A expressão “retirou-se... da presença do Senhor” (v.16) nos mostra que Caim optou por afastar-se de Deus, vivendo longe dEle. A partir desse homem, surgiu toda uma linha de seres humanos que não tinham consciência da pessoa de Deus, mas que experimentavam o anseio inconsciente por comunhão com seu Criador, ao qual já nos referimos. Entre essas pessoas temos sem dúvida os primeiros a adorarem os elementos da natureza, seguindo seus corações corrompidos.

Rm 1.21–24 Apesar da revelação disponível de Deus na criação, os homens preferiram escolher seus próprios caminhos, marcados pela religiosidade. O fim disso, como o v. 24 demonstra, está sempre em carnalidade e imoralidade.

Rm 1.21 “... obscurecendo-se-lhes o coração insensato...” O coração do homem foi obscurecido a fim de que perdesse de vista qualquer traço de revelação do verdadeiro Deus e direcionasse o anseio de seu coração para outros seres.

2º Co 4.4 O diabo é o autor desse entenebrecimento dos corações e da transformação desse anseio legítimo num espírito pervertido de religiosidade.

At 19.17–20,27; 2ªCo 104,5; Ef 6.11,12. Se a ação do diabo é que está por detrás do espírito de religiosidade, precisamos concluir que todas as religiões são de iniciativa diabólica, e que a maneira pela qual podemos combatê-las não é através de debates ou coisas parecidas, mas unicamente através da batalha espiritual, discernindo sua origem satânica e combatendo com armas espirituais os demônios que estão por detrás delas.

O Espírito Religioso
O mesmo espírito religioso que está por detrás de cultos como o islamismo, o animismo (adoração de espíritos, englobando todas as formas de umbanda), o espiritismo e outras manifestações religiosas, está também por detrás de todas as seitas e heresias que surgiram no meio da Igreja no decorrer da história. Na verdade, o diabo é especialista em variar suas armas no ataque contra a Igreja. A diferença entre o paganismo e o cristianismo é fácil de ser detectada, mas o mesmo não acontece entre o cristianismo verdadeiro e alguns movimentos heréticos.

Nosso interesse aqui não é formar um painel acerca das religiões que atuam ou atuaram no mundo, mas analisar principalmente algumas heresias e seitas que surgiram no meio da Igreja. Para isso, precisamos compreender primeiramente a diferença entre “heresia” e “seita”.


Definição da Palavra Heresia
A palavra “heresia” vem do termo grego “hairesis”. Essa palavra é empregada no Novo Testamento com dois sentidos principais:

Seita, no sentido de facção ou partido, um corpo de partidários de determinadas doutrinas (At 5.17; 15.5; 24.5; 26.5; 28.22); e
Opinião contrária à doutrina prevalecente, de cujo ponto de vista é considerada heresia (2ªPe 2.1).
Em 1ªCo 11.19 e Gl 5.20, nestes dois textos, o termo haireseis procura definir a atividade facciosa ou partidária. No primeiro, o sentido negativo do termo “partidos” é esclarecido pelo contexto: os aprovados são aqueles que não tomam parte nos “partidos”. No segundo, é traduzido como “facções”.

Em 1ªCo 1.10; 11.18, em ambos os textos, a palavra traduzida “divisões”, no grego, é schismata, que significa literalmente “rasgões em pano”. Alguns estudiosos sustentam que essa palavra indica divisões em torno de personalidades, e não em torno de ensinos. Segundo esse ponto de vista, divisões em torno de personalidades seriam um “mal menor”, não tão grave quanto as “heresias” (negações de verdades da fé). O texto de 1ªCo 11.19, no entanto, parece relacionar as divisões aos partidos (haireseis).

Podemos resumir isto dizendo que, na perspectiva do Novo Testamento, toda divisão no corpo de Cristo (seja motivada por personalidades ou por diferenças no ensino) é considerada heresia. Isto coloca como heresia todo o denominacionalismo, tão comum na igreja.

No entanto, o uso histórico da palavra “heresia” passou a apontar quase que exclusivamente para seu segundo sentido assinalado acima, ou seja, o de opinião contrária à doutrina prevalecente, de cujo ponto de vista é heresia. Desta maneira, passaram a ser qualificadas de “heresia” os ensinos que, de alguma maneira, contrariam alguma verdade da fé cristã.

Nesta perspectiva, heresia pode ser definida como a “negação de uma verdade cristã definida e estabelecida, ou uma dúvida concernente a ela”.

A heresia não pode ser confundida com a apostasia. O apóstata é alguém que rejeitou completamente a fé cristã; o herege continua vinculando-se à fé, excetuando-se os pontos em que seu sistema nega a fé cristã.

Em 1ªCo 15.12; Cl 2.8,16,20–22; 2ªTs 2.2; 1ªTm 4.1–3,7; 1ªJo 2.18,19,22; 4.2,3, estes textos exemplificam diversas ocorrências de heresias, ainda no período da Igreja primitiva. Em Corinto, algumas pessoas negavam a possibilidade de ressurreição, influenciadas pelo conceito grego de que a matéria seria algo inerentemente mau; no caso da igreja em Colossos, a heresia era uma forma particular de legalismo, oriunda de uma influência do gnosticismo grego sobre a igreja; o texto de 2ªTs 2.2 aponta outra heresia específica, relacionada com a volta de Jesus, a qual, segundo alguns, já teria acontecido; em 1ª Tm Paulo prevê diversos ensinos heréticos que surgiriam na história da igreja; em 1ª Jo, é a encarnação de Jesus que é especificamente atacada (uma forma da heresia conhecida como “docetismo”, do grego dokein, “parecer”, que ensinava que Jesus não possuíra um corpo físico, mas apenas uma “aparência” de corpo!).

Aparentemente, essas heresias podem "variar em grau”. Uma coisa é atrelar-se a um legalismo estrito, como no caso dos colossenses; outra, bem diferente, é afirmar que Jesus não possuía um corpo físico. No entanto, toda heresia significa uma introdução de fermento na massa da fé cristã que, com o tempo, levedará a massa toda! Uma análise cuidadosa da carta aos Colossenses, por exemplo, nos mostrará que a influência do gnosticismo sobre a igreja (manifesta no temor aos “rudimentos do mundo”, citados em Cl 2.8, e no extremo legalismo) diminuía aos olhos da igreja o próprio valor da obra redentora de Jesus (em razão do que, Paulo teve de afirmá-la em termos tão vigorosos em Cl 2.13,15).

O arianismo é outro exemplo de ensino herético que podemos tirar da História da igreja. Ário, que foi presbítero de Alexandria, sustentava que Jesus não era eterno, mas havia sido criado por Deus Pai. Ele não divergia do restante da igreja em nenhuma outra verdade, apenas nesta. Todavia, com a negação de que Jesus era co-eterno e co-igual com o Pai, ele na realidade abalava o alicerce mais fundamental do cristianismo.


A Definição de Seita e Heresia
Podemos compreender melhor o que são seitas se, em primeiro lugar, verificarmos qual a diferença entre “seita” e “heresia”. “Por definição, um herege é um cristão professo que está errado com relação a alguma verdade particular, ao passo que o ponto essencial quanto às seitas é que elas absolutamente não são cristãs, e sim contrafações do cristianismo”.

Em seu sentido mais genérico, seita é “devoção a uma pessoa ou coisa particular, dedicada por uma corporação de adeptos”. Esta definição está na raiz de termos como “sectarismo”, e por esse ângulo tanto um partido político como uma torcida organizada de futebol poderiam ser classificados como “seita”. Em nosso estudo, no entanto, estamos interessados em estudá-las de uma perspectiva cristã e, nesse prisma, as seitas aparecem invariavelmente como falsificações da fé cristã.

Podemos dizer que as seitas, em sua maior parte, são o produto final das heresias, ou seja, o resultado da fermentação herética na massa da igreja. Nem toda heresia culmina na formação de uma seita, mas toda seita possui em seu sistema elementos heréticos.


Vamos notar abaixo algumas características e sinais que podem nos ajudar a identificar o que são as seitas.
– Semelhança com o cristianismo. Virtualmente todas as seitas possuem forte semelhança com a fé cristã legítima, e é justamente essa semelhança que se constitui na principal estratégia do diabo com relação a elas (2ªCo 11.3–15).
– Adeptos sinceros. As seitas são povoadas por pessoas zelosas, mas destituídas de verdadeiro entendimento (Rm 10.2). Nunca devemos cometer o erro de questionar a sinceridade dos adeptos de qualquer seita; no entanto, precisamos reconhecer que esse zelo extremo a que se dispõem é uma característica do espírito de religiosidade que age por detrás delas.
– A questão da origem. Todas as seitas, praticamente, reivindicam como sua fonte inicial alguma nova revelação da parte de Deus. Aqui temos uma diferença interessante entre heresia e seita. As heresias, geralmente, começam com pessoas que, estudando diligentemente as Escrituras, acabaram se afastando em sua interpretação. Ário, por exemplo, nunca afirmou ter recebido qualquer revelação divina relativa ao seu ensino sobre a pessoa de Jesus. Seu ensino foi oriundo do estudo que ele fez das Escrituras, dominado por um forte racionalismo. Mas as Testemunhas de Jeová, por exemplo, (que tem em Ário um "precursor" de seu fundador, C. T. Russell) constantemente reivindicam revelações adicionais como base para seus ensinos.
– Reconhecimento de autoridade adicional às Escrituras. Este ponto praticamente decorre do anterior. As seitas sempre reconhecem uma autoridade adicional às Escrituras, que acaba sobrepujando a Bíblia e se torna sua base para doutrina e governo. O Mormonismo tem O Livro de Mórmon, a Pérola de Grande Valor e Doutrinas e Alianças; a Ciência Cristã tem o livro Ciência e Saúde, escrito pela fundadora, Mary Baker Eddy; os Adventistas do Sétimo Dia têm os escritos de Ellen G. White; e etc.
– Negação de verdades essenciais à fé cristã. As seitas não se limitam a discordar sobre assuntos periféricos ou não essenciais; elas via de regra negam aspectos essenciais da fé cristã. Embora a lista possa variar ligeiramente de seita para seita, em geral seus ensinos discordam da verdade bíblica em áreas tão centrais quanto a Pessoa de Jesus (Testemunhas de Jeová), a Pessoa do Espírito Santo (Testemunhas de Jeová) a obra expiatória de Jesus (Adventistas do Sétimo Dia), a Justificação pela Fé (Mórmons), a Triunidade de Deus (Testemunhas de Jeová), o ensino das Escrituras sobre o pecado (Pensamento Positivo) a ressurreição e ascensão físicas do corpo de Jesus (Testemunhas de Jeová), entre outros. Além disso, muitas vezes as seitas conjugam, às negações dessas verdades essenciais, as invenções de ensinos que não possuem nenhuma base bíblica. É o caso tanto dos Adventistas do Sétimo Dia quanto das Testemunhas de Jeová, os quais ensinam as doutrinas do sono da alma após a morte e do aniquilamento dos ímpios.
– Rejeição do espírito de oração. Este é um dos sinais mais interessantes acerca das seitas. Em sua quase totalidade elas desvalorizam a oração, e isso não é de causar surpresa. A oração é uma atividade que não oferece atrativos, exceto para aqueles que são filhos de Deus. Como pode haver um legítimo espírito de oração numa seita que, por exemplo, nega o conceito de pecado, repudia a obra redentora de Jesus e rejeita o Espírito Santo como Pessoa (note que esses pontos estão intimamente ligados uns aos outros)?
– Ênfase numa "fórmula" particular. Todas as seitas enfatizam geralmente uma "fórmula" específica, muitas vezes um esquema rígido que deve ser seguido a fim de que determinados resultados sejam obtidos. Segundo um autor, há uma semelhança interessante entre todas as seitas e os famosos "remédios de charlatães": algo muito simples, sem complicação, que serve para curar todos os males. Muitas vezes, um ensino (às vezes até mesmo bíblico e correto) é repetido à exaustão e indicado como solução para todos os tipos de problemas.
– Pretensão de exclusividade. Esta é uma característica invariável das seitas: considera-se a única expressão válida do cristianismo. O caso do Adventismo do Sétimo Dia é típico: para ministrar o batismo, esse grupo exige do "catecúmeno" uma confissão de que "a Igreja Adventista do Sétimo Dia é a Igreja remanescente", o que exclui todos os demais grupos cristãos. Seguindo nessa escola, um grupo saiu da Igreja Adventista do Sétimo Dia sob a direção de uma "profetisa" chamada Jeanine Sautron, e fundou a Igreja Adventista do Sétimo Dia - Os Remanescentes, a qual, num panfleto distribuído recentemente, chamou tanto a Igreja Adventista original como todos os demais grupos cristãos de "apóstatas".
A título de conclusão, poderíamos ilustrar da seguinte maneira a diferença entre "heresia" e "seita": heresia é como um câncer num ser humano; começa lento, insidioso, mas tende a crescer e a dominar todo o sistema do indivíduo. Já a seita, é como um “homem artificial”, uma imitação do ser humano.

Ef 6.11,12. Notamos que as seitas possuem diversos sinais ou características comuns, e que revelam a existência de uma mente diabólica por detrás de todas elas. Devemos ter isto em mente, para nunca cometermos o erro de combatermos forças espirituais com armas naturais. Podemos e devemos estudar acerca das seitas, a fim de que possamos principalmente instruir pessoas que estão ou estiveram aprisionadas por elas e desejam ser libertas; nunca, porém, para debatermos com seus seguidores. A quase totalidade das seitas é alimentada por um espírito de contenda religiosa, e quando passamos a discutir com seus adeptos estamos na verdade "fazendo o jogo" do demônio. Nossa posição deve ser a de rejeitar seus ensinos sem discussão, ao mesmo tempo em que devemos amar as pessoas que estão presas por esses ensinos e demonstrar a elas o nosso cristianismo através de nossas vidas, não de nossas palavras.

A Igreja local

Tirando a Mascara da Igreja Local
Quando se pergunta a um membro da Igreja local qual o nome da sua “denominação”, a resposta que se obtém é a de que a Igreja Local não é uma denominação. E tão ofensivo indagar o nome da Igreja Local como se esse fosse o da sua denominação, que chegam a afirmar: “As igrejas locais não têm nome. O único nome que ostentamos e honra mos é o nome do Senhor Jesus. (...) O termo ‘igreja local’ não é um nome. (...) Imprimir as palavras ‘igreja local’ com letras maiúsculas é um erro sério, pois isto dá a impressão de que o nome é ‘igreja local’ ”.

Embora se esforcem para dar a impressão de Igreja Local não é um nome denominacional e afirmem que “a igreja local é um grupo de crentes que são os membros vivos de Cristo”, que não pertencem a nenhuma denominação, não podem negar que possuem registro de pessoa jurídica, como qualquer denominação ou Instituição religiosa; tanto é que declaram: “no que diz respeito às questões financeiras, as igrejas locais estão legalmente registradas com relação ao governo”.

Quando não podem fugir do assédio sobre a que igreja pertencem, respondem vagamente, dando o nome da cidade onde se localiza, dizendo: “A igreja que está em São Paulo” ou “a igreja que está em Santos” e, se são interrogados sobre o porquê da ausência de nome denominacional, a resposta que se obtém é que as denominações são divisões e causam divisões, só devendo existir em cada cidade uma igreja com o nome da própria cidade, e que todo o cristão verdadeiro deve unir-se a essa igreja local com o nome da cidade.

Se alguém se mudar, por exemplo, de São Paulo para Belo Horizonte, não precisa se preocupar quanto a que igreja deva ir — ensinam os líderes da Igreja Local: “Você irá á igreja daquela cidade, à igreja local”. E se alguém entrar, por exemplo, numa Igreja Batista. Presbiteriana, Metodista, Assembléia de Deus, Comunidade Evangélica da Paz, que estará fazendo? Nada mais do que estar entrando numa divisão.

Leiamos o que ensinam: “Se você entrar em qualquer outra coisa afora a igreja local daquela cidade, entrará numa divisão”. Assim, os líderes recomendam aos membros da Igreja Local não se misturar com os crentes denominacionais, mas manterem um tipo de lealdade ab soluta à sua igreja, e determinam: “Hoje em dia há principalmente dois tipos de crentes: uns são as denominações, incluindo a Igreja Católica Romana, e o outro é composto daqueles que estão fora das divisões (leia-se denominações) e sobre a base correta” (O parêntese é nosso). O seguinte é dito de quem discorda desse ensino: “Não tente ser neutro. Não procure reconciliar as denominações com a igreja local. Você nunca conseguirá reconciliá-los. Você consegue reconciliar branco com preto? Sim, mas serão cinza; nem preto e nem branco”.

“Se você entrar em qualquer outra coisa afora a igreja local daquela cidade, entrará numa divisão”.


Pescando em aquário alheio
A expressão “pescar em aquário alheio” é usada freqüentemente para indicar membros de determinadas igrejas que não evangelizam os descrentes. Preocupam-se muito com os crentes denominacionais ou evangélicos. Essa é a estratégia de trabalho de evangelização adotada pela Igreja Local, e para se apresentarem com evangélicos e procurarem a unidade da Igreja de Cristo, que no seu entender só esta na Igreja Local, afirmam: “Damos boas-vindas a todos os verdadeiros crentes e buscamos comunhão com eles como nossos irmãos e irmãs em Cristo”.

Como se vê, uma afirmação simpática e atraente. “Damos boas-vindas a todos os verdadeiros crentes e buscamos comunhão com eles como nossos irmãos e irmãs em Cristo”. E sincera essa declaração ou é usada como subterfúgio para ganhar a amizade de crentes desavisa elos do verdadeiro objetivo da Igreja Local? Essa colocação se assemelha aos convites radiofônicos do conhecido pregador das multidões, Davi Miranda, quando, a plenos pulmões, em seus programas radiofônicos “A Voz ela Libertação” anuncia: “Meus irmãos evangélicos! Meus irmãos es pintas! Meus irmãos católicos...” “Tudo com o propósito de trazer pessoas para a Igreja Pentecostal Deus é Amor. Que, sem dúvida não aceita que es piritas, católicas e mesmo evangélicos sejam Seus irmãos na fé, mas vale para atraí-los. De modo igual procede a Igreja local. Afirmam seus membros que querem ser nossos irmãos, mas não passa isso de uma estratégia para atrair crentes para as igrejas locais. Assim, com essa farsa, penetram nas igrejas evangélicas para vender sua literatura, de autoria de Witness Lee, seu fundador e líder mundial, Afixam, com per missão de pastores desavisados, em murais de templos, propaganda alusiva à Editora Arvore da Vida ou de seu Jornal Árvore da Vida. Percorrem o Brasil inteiro em seus ônibus com bibliotecas ambulantes”. Conhecidos como “Expo livro Árvore da Vida”. Se o pastor de uma eventual igreja evangélica informar sua igreja dos verdadeiros propósitos dos expositores dos livros da Editora Arvore da Vida ou se ensinar sobre os erros doutrinários proclamados por esse grupo, logo será tido como inimigo, perseguidor, podendo até mesmo ser levado à juízo secular como difamador (1ªCo 6.1).


Ataque frontal contra as denominações
Enquanto isso tiram a máscara de querer congregar-se com os evangélicos e declaram: “Visto que a ‘Mãe das Prostituições’ é a Igreja Apóstata, as prostitutas, suas filhas, devem ser todas as diferentes facções e grupos do cristianismo que mantêm até certo ponto o ensina mento e as práticas e tradições da Igreja Roma na apóstata”. Ora, se a igreja Católica é tida como a “Mãe das Prostituições”, as “filhas prostitutas” são as igrejas evangélicas ou denominacionais. Perguntamos: Como manter um clima de cordialidade e respeito mútuo com tal gen te? “Andarão dois juntos, se não estiverem ele acordo?” (Am 3.3).

Sendo mais incisivos, escrevem: “O Catolicismo romano e o protestantismo, assim como o judaísmo, está todos nessa categoria, tornando-se uma organização de Satanás, como seu instrumento para danificar a economia de Deus”.


Heresias de perdição
São as igrejas evangélicas organizações de Satanás? Pedro, na segunda carta (2.1) declara: “E também houve entre o povo falsos profetas, conto entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos, repentina perdição”.

Vejamos algumas das doutrinas de perdição ensinadas pela Igreja Local: “Por isso, o homem tem não só a vida e natureza de Satanás, mas também o próprio Satanás como tal espírito maligno operando dentro de si”.

“Agora, todos eles estão em nós. Adão, o ego, está na nossa alma; Satanás, o diabo, está em nosso corpo; e Deus, o Deus Triúno, está em nosso espírito”.

Têm os cristãos habitando dentro deles a Satanás? Não diz a Bíblia: “ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1ªCo 6.19). Se o corpo do cristão é o templo do Espírito Santo, como pode ao mesmo tempo ser habitação de Satanás? Um homem, como Judas, contado entre os doze apóstolos, que traiu Jesus, sim, pode ser habitação de Satanás: “Entrou, porém. Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze”. (Lc 22.3). Tal ensino, portanto é herético, mas, declarar que o próprio Jesus estava na mesma situação que nós quando tomou corpo humano, chega às raias da blasfêmia: “Quando Deus Se encarnou como homem, o tipo de homem com que Ele Se vestiu era um homem corrompido por Satanás. O homem, na época da Sua encarnação, já não era mais um homem puro, mas um homem arruinado, corrompido por Satanás”. ”Quem é esse homem que se encarnou. Se não Jesus Cristo?” É o que lemos em João 1.1,14: “No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, habitou entre nós, e vimos a sua glória como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”.

Ora, tornou-se Jesus “um homem corrompi do por Satanás” ao se tornar humano (Hb 10.5)? Não era Jesus ”santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores?” (Hb 7.26) Assim, este “Jesus” pregado pela Igreja Local não é o Jesus que conhecemos na Bíblia, mas “outro Jesus”, um Jesus corrompido. Arruinado por Satanás (2ªCo 11.4). Não se pode dar outra designação a esse ensino senão “heresia de perdição”. Destes, afasta-te!

A verdade está em Jesus
Alertamos todos os evangélicos a que não se deixem enganar pelos membros da Igreja Local. Infelizmente, pelo uso que tal grupo faz do nome de Watchman Nee, muitos têm se debandado de suas igrejas e ingressado no movimento de Witness Lee, acreditando que desta vez encontraram a “verdade”; contudo, tais pessoas, na verdade, buscam no movimento a satisfação de suas necessidades humanas básicas. Falta-lhes, porém, um compromisso serio com o Senhor Jesus; uma entrega total a Ele, que é a Verdade. Disse o apóstolo Paulo que a “verdade está em Jesus” (Ef 4.21), (e não numa organização) religiosa que afirma que todas as igrejas apostataram e que ela, somente ela, possui a “verdade”, e que é livre de todo e qual quer vinculo denominacional.

Adventistas do 7° Dia

I - Origem e História dos ASD.

1) A Segunda Vinda de Cristo Segundo os ASD.

Inicialmente foi fixada data de 21/03/1843, sobre a seguinte doutrina:
O Cristo voltará de maneira pessoal e visível nas nuvens do céu, por volta do ano 1843;
Os justos ressuscitarão incorruptíveis e os vivos serão transformados para a imortalidade, sendo levados para reinar com Cristo na "nova terra";
A terra será destruída pelo fogo;
Os ímpios serão destruídos, e seus espíritos, conservados em prisão até sua ressurreição e condenação;
O milênio ensinado na bíblia eram os mil anos que se seguiram à ressurreição.
Nada acontecendo, a data foi mudada para 21/03/1844.
Novamente a data fora mudada, agora para 22/10/1844.
2) O Cálculo do Dia do Arrebatamento

Como Willian Miller chegou à data de 21/03/1843?
Obs.: Tudo foi baseado num estudo errado de Dn 8.14.

O santuário era a terra;
A purificação se faz pelo fogo, logo, a terra seria purificada pelo fogo da vida de Jesus (2Pe 3.9,10);
As 2300 tardes e manhãs foram interpretadas como dias, valendo cada dia um ano;
O ponto de partida era o ano 457 AC (cf. Dn. 9.25 e Ed. 7.11-26);
Quando não se deu a volta de Jesus em 1843, aumentou-se um ano, considerando que tinham decorrido apenas 2.299 anos de 457 AC até 1843, ficando assim 22/10/1844 como data definitiva.
2.1. A Interpretação Correta de (Dn. 8.14)

O carneiro com duas pontas (v.3) representava o rei da Média e Pérsia (v.20);
O bode (v.5) representava o rei da Grécia (v.21);
A derrota que o pode infringiu ao carneiro representava a vitória da Grécia sobre a Média e Pérsia;
A quebra da ponta notável e o surgimento das outras quatro pontas do bote (v.8) indicam a morte de Alexandre, o Grande, e a posterior divisão do Reino entre seus quatro generais (v.22);
A ponta pequena que saiu de uma das pontas (v.9 - um rei feroz de cara - v.23), e Antíoco Epifânio (v.11-12);
Antíoco Epifânio, governador da Síria entre 175 e 164 AC, profanou o santuário (v.11) e substituiu os sacrifícios prescritos na lei por sacrifícios pagãos (vd. 1 Mb 1.21-24; cf Nm 28.1-3);
O santuário foi purificado depois de 1150 dias, ou seja, os 2300 tardes e manhãs (cf. 1 Mb 4.36-58).

II - O Juízo Investigativo - ou Redenção Incompleta
" Antes que se complete a obra de Cristo para a retenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do santuário. Este é o serviço iniciado quando terminaram os 2300 dias. Naquela ocasião, conforme fora predito pelo profeta Daniel, nossos Sumo Sacerdote entrou no Lugar Santíssimo para efetuar a última parte de sua solene obra - purificado o Santuário ( O Conflito dos Séculos, p.240)."

Refutação:

Há aí um erro triplo: o tempo, o lugar e a obra de redenção.

O tempo: usando sua forma de interpretação para as 2300 tardes e manhãs de Dn 8.14 seria 445 AC (cf. Ne 2.1-8 e Dn 9,25) e não 457 AC o ano para a base de cálculo.
Obs: houveram dois decretos ligados à reconstrução de Jerusalém. Um em 457 AC, de embelezamento do templo e restauração do culto, a cargo de Esdras (Ed 7). O outro foi o da reconstrução dos muros e portanto da cidade, a cargo de Neemias. É deste que deveriam tratar; o qual fora baixado em 445 AC por Atarxerxes Longímano.

2300 tardes e manhãs equivalem literalmente a 1150 tardes + 1150 manhãs, o que equivale a 1150 dias, porque uma tarde e uma manhã eram um dia, no sistema judaico de contar os dias (Gn. 1.5).
1150 dias formam o tempo decorrido entre a profanação do templo por Antíoco Epifânio, e sua purificação por Judas Macabeus, em 165 AC.

O lugar: Jesus entrou no santuário celestial 40 dias após sua ressurreição (At 1.3), e não em 22/10/1844. A epístola aos hebreus, escrita em 63 DC já declarava ter Cristo entrado no Santo dos Santos (Hb 6.19,20; 7.23-28; 8.1,2; 9.1-14,24-26; 10.19,20).
Redenção: a obra de redenção foi realizada de uma vez por todas na cruz; não ficou incompleta. Quando Cristo subiu ao céu ela estava definitivamente terminada (Hb.1.3; 9.24-28)


III - Os Pecados Colocados Sobre Satanás - o Bode Emissário
Quando, portanto, os dois bodes eram postos perante o Senhor no Dia da Expiação, representavam Cristo e Satanás... Satanás não somente arrastou o peso e o castigo dos seus próprios pecados, mas também o peso e o castigo dos pecados das hostes dos remidos, os quais foram colocados sobre ele, e também de sofrer pela ruína de almas por ele causadas". (O Ritual do Santuário, pp. 168 e 315).

Como sacerdote, ao remover dos santuários os pecados, confessava-os sobre a cabeça do bode emissário, semelhantemente Cristo porá esses pecados sobre Satanás, o originador e instigador do pecado... quando Cristo, pelo mérito de seu próprio sangue, remover do santuário celestial os pecados de seu povo, ao encerrar-se o seu ministério, ele os colocará sobre Satanás que, na execução do juízo, deverá arrostar a pena final" (O Conflito dos Séculos, pp. 421 e 489).

Refutação:

Segundo o ensino dos ASD:
Satanás terá de levar sobre si os pecados dos remidos e expiá-los, tornando-o assim co-redentor.
O próprio Satanás terá de ser um dia aniquilado para que os pecados dos crentes sejam também cancelados.

Segundo o ensino da Bíblia:
Os nossos pecados foram colocados sobre Jesus (Jo 1.29; 1Pe2.24; Is 53.4-6,11; Mt 8.16,17; 1Pe 3.18).
Satanás será castigado pelos seus pecados (Mt 25.41).

Analizando Lv 16.5,10:
São apresentados dois bodes para expiação dos pecados;
Não era só o bode expiatório que fazia expiação pelo pecado. Eram os dois bodes (Lv 16.10).
Azazel pode ser traduzido por "afastamento", "remoção" ou "emissário".

IV - O Sono da Alma ou a Imortalidade e Incondicional


"O que o homem possui é o 'fôlego de vida' (do que dá animação ao corpo), que ele é retirado por Deus, quando expira. E o fôlego é reintegrado no ar, por Deus, mas não é entidade consciente ou homem real como querem os imortalistas" (Sutilezas do Erro, pp. 217).


Refutação:

O espírito não morre, nem dorme com a morte do homem (Mt 10.28; Ec 12.17).
O espírito separa-se do corpo por ocasião da morte do homem (Lc 20.37,38; 23.43; At 7.59).
O espírito continua vivo, inconsciente, e com todas as suas faculdades ativos depois da morte, seja ímpio o justo (Lc. 16.19-31; Ap 6.9-11; 2Co 5.6-8; Hb 12.23; 2Co 12.2-4; Fp 1.21-23).
Dormir refere-se ao corpo (Mt 27.52) e não à alma (Dt.34 5,6; comp. Mt.17.1-3).

V - A Guarda do Sábado


Segundo a senhora Hélen White disse ter recebido uma "revelação", segundo a qual Jesus descobriu a arca do concerto e ela viu dentro as tábuas da lei. Para sua surpresa, o quarto mandamento estava no centro, rodeado de uma auréola de luz. (lv. Adventistas p. 42).

Refutação:
O Novo testamento repete pelo menos:
50 vezes o dever de adorar só a Deus;
12 vezes a advertência contra a idolatria;
4 vezes a advertência para não tomar o nome do Senhor em vão;
6 vezes a advertência contra o homicídio;
12 vezes a advertência contra o adultério;
6 vezes a advertência contra o furto;
4 vezes a advertência contra o falso testemunho;
9 vezes advertências contra a cobiça.
Em nenhum lugar no entanto é encontrado no N. T. o mandamento de se guardar o sábado.


Jesus Violou o Sábado.

Teve seu nascimento prometido segundo a lei (Dt. 18.15);
Nasceu sob a lei (Gl. 4.4);
Foi circuncidado segundo a lei (Lc 2.21);
Foi apresentado no templo segundo a lei (Lc. 2.22);
Ofereceu sacrifício no templo segundo a lei (Lc 2.24);
Foi odiado segundo a lei (Jo 15.25); de
Foi morto segundo a lei (Jo 19.7);
Viveu, morreu e ressuscitou segundo a lei (Lc 24. 44,46); a
Apesar de ter cumprido toda a lei, foi perseguido por causa do sábado (Jo 5.16-18).

Catolicismo

I- INTRODUÇÃO:
Origem — para que entendamos melhor a origem da Igreja Católica Romana, convém fazermos algumas observações bastante úteis e esclarecedoras acerca desta igreja.

Do ano 33 ao ano 54 da era cristã, os seguidores de Jesus eram chamados de "os seguidores do caminho’ (At 11,26).

Do ano 54 ao ano 170 dc os seguidores de Jesus passaram a ser chamados de "Cristãos". É a época em que a igreja não tinha divisão e possuía somesomente uma doutrina, a dos Apóstolos. No ano 170 da nossa era, Santo Inácio de Antioquia, passou a referir-se a Igreja Cristã também como Igreja Católica, ou seja, universal, geral. Ao usar esse termo, dava-se entender que a igreja não ficaria restrita ao Império Romano, mas abrangia todas as regiões do planeta.

Do ano 170 ao 313 da nossa era, a Igreja Católica não se envolvera com nenhum dos problemas comportamentais da sociedade da época, caracterizada pela corrupção em todas as suas áreas, principalmente a política.

Em 313,Constantino passou á dominar todo o Império Romano, devido a queda do Império do Ocidente este Imperador demonstrou ser muito "simpático" ao cristianismo, porque além de colocar a Igreja Cristã numa posição privilegiada, passou afazer ofertas valiosas ao cristianismo, construindo Igrejas, isentando-as dos impostos e até sustentando clérigos.

Podemos dizer .que esse contexto histórico marca o início do Catolicismo Romano, pois o cristianismo passa a ser a religião oficial do Império, trazendo como conseqüência desastrosa, a entrada no seio da Igreja de muitas pessoas não convertidas e pagãs.


II- CURIOSIDADES
Após a exposição do pequeno resumo histórico do catolicismo Romano, veremos agora o ponto de vista do mesmo acerca de determinados assuntos:

A Bíblia
Não aconselha o uso da Bíblia a todos os fiéis.
Ensina que sua leitura é perigosa aos indoutos.
Ninguém pode interpretar a Bíblia de maneira contrária a interpretação Católica, ou sem a permissão dos padres.
Aceita como canônicos (inspirados), livros que não constam no Cânon Hebreu.

Venera e aceita como tendo autoridade igual a da Bíblia:
As tradições,
Os escritores dos "Pais" da igreja,
Ao ensinos da própria Igreja Católica,
Os ditamos infalíveis do Papa.

A Igreja
Diz que é a única e verdadeira igreja e que fora dela não há salvação.
Diz que foi fundada sobre Pedro, a rocha.
Diz que é a única que tem os sinais da verdadeira igreja : que é Una, Católica, Apostólica e Romana.
O objetivo desta apostila não é analisar os ensinos que antigamente eram transmitidos pelo catolicismo, e sim, os que são ensinados hoje de acordo com o seu mais recente catecismo, a saber, o de 1993.


III- QUESTIONAMENTOS
Antes de iniciar o estudo das principais doutrinas do novo catecismo católico, veremos o que a Bíblia diz a respeito dos seguintes questionamentos:

Pedro é o fundamento da Igreja?
É aceito na Igreja Católica Romana o ensinamento de que Pedro é a pedra fundamental na qual Cristo edificou a sua Igreja, e para fundamentar esse ensino, apelam, principalmente para uma interpretação incorreta de Mt 16.16,19. "Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Brajonas, porque não foi carne e sangue que tu revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos céus; o que desligares na terra terá sido desligado nos céus." Desta passagem, a Igreja Católica Romana concluí o seguinte: a) Pedro é a rocha sobre a qual a Igreja está edificada. b) Somente Pedro pode abrir a porta do Reino, por ter recebido o poder das chaves. c) Pedro tornou-se o primeiro Bispo de Roma.

REFUTAÇÃO
Mesmo numa análise superficial das Escrituras conclui-se que:

Pedro jamais ocupou funções e posições no seio do Cristianismo nascente.
De acordo com a Bíblia, Cristo é a pedra: "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular."(Ef 2.20) "Este Jesus é a pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular."(At 4.11).

Pedro foi o primeiro Papa?
Tenha estado ou não em Roma, o fato é que se Pedro foi Papa, foi um papa bem diferente dos que já apareceram, se não vejamos:

Pedro era financeiramente pobre.(At 3.6)
Pedro era casado.(Mt 8.14,15)
Pedro foi um homem humilde.(At 10.25,26)
Pedro foi um homem repreensível.(Gl 2.1 1,14)
É admirável que Pedro, sendo o "Príncipe dos Apóstolos", conforme o catolicismo romano afirma, quem era o pastor da comunidade cristã em Jerusalém era Tiago (At 15). Sendo assim, é lançada por terra a pretensão do catolicismo romano de Ter o apóstolo Pedro como seu primeiro Bispo.


IV- CONFRONTOS DOUTRINÁRIOS:
Salvação através de boas obras
Para sermos salvos, a doutrina católica ensina que devemos continuamente praticar boas obras "Contudo não se salva, embora esteja incorporado à Igreja, aquele que, não perseverando na caridade, permanece dentro da Igreja, com o corpo, mas não com o coração". (p. 241, # 837).

REFUTAÇÃO

"Por que pela graça sois salvos; mediante a fé; é isto não vêm de vós, é Dom de Deus; mão de obras, para que ninguém se glorie". (Ef 2.9,-9).

Leia: Tt 3.5; Rm 3.28; CI 3.8-26; Cl 2.21, Mt 7.21,22.


O Batismo Salva:
"O Senhor mesmo afirma que o batismo é necessário para a salvação" (p. 349, # 1257).

REFUTAÇÃO

"Por que não me enviou Cristo para batizar. Mas para pregar o evangelho..." (1 Co 1.17)

"Arrependei-vos, por que está próximo o Reino dos Céus..." (Mt 3.2)

Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o Eunuco: eis aqui água, que impede que seja eu batizado? E disse Felipe: é lícito se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus". (At 8.36,37). O Batismo é uma confissão pública de fé em Cristo, por intermédio de atos e palavras, na qual o batizando mostra ter aceitado plenamente as verdades com respeito à encarnação, à morte e à ressurreição de Cristo. No ato do batismo, o convertido mostra ter morrido para o mundo e renascido para Cristo, vivendo agora em novidade de vida. Concluindo, o batismo em si não têm poder para salvar uma pessoa, mesmo por que não se batiza alguém para que ele seja salvo, e sim porque já é salvo.

Transubstanciação
"O concílio de trento resume a fé católica ao declarar: ‘por ter Cristo, nosso Redentor, dito que aquilo que oferecia sob a espécie de pão era verdadeiramente o seu corpo’, sempre se teve na Igreja esta convicção, que o Santo Concílio declara novamente: pela consagração do pão e do vinho opera-se a mudança de toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo, nosso Senhor, e de toda substância do vinho na substância do seu sangue; esta mudança, a Igreja Católica denominou-a com acerto e exatidão de Transubstanciaçâo." (p.380, # 1376). Esta doutrina, embora estranha à palavra de Deus, é defendida pelo catolicismo romano como sendo uma doutrina bíblica, usando para fundamentar tal ensino, as palavras de Jesus em Jo 6.53,54: "Na verdade, na verdade vos digo que se: não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia".

REFUTAÇÃO
Para melhor compreendermos, é necessário que leiamos todo o contexto no qual está inserida esta passagem, Jesus antes de fazer esta declaração disse: "Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo. Então lhe disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão. Declarou-lhe, pois, Jesus: eu sou o Pão da Vida; o que vem a mim jamais terá fome e o que crê em mim jamais terá sede". (Jo 6.33-35). Concluímos então que a vida eterna é dada através da crença pessoal em Jesus Cristo, e que fora da união pessoal com o Salvador, não há salvação. O Comer o Pão e o Beber o Vinho está dentro dos ensinamentos acerca da Santa Ceia do Senhor, sobre a qual, o próprio Jesus ensinou: "E, tomando o pão, tendo dado graças, o partiu e lhe deu, dizendo: isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim". (Lc 22.19).

Maria, nascida sem pecado
Pela graça de Deus, Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida". (p 139, # 493). "Desde o primeiro instante da sua concepção, foi totalmente preservada da mancha do pecado original e permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda sua vida". (p 143, # 508). Vale ressaltar que: o próprio catecismo não admite como bíblica esta doutrina, e sim, uma tradição da Igreja.

REFUTAÇÃO
"Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus". (Rm. 3.23). "Não há um justo, nem sequer um". (Rm 3.10). Nestes versículos vemos comprovada a afirmação de que todos pecaram, até mesmo Maria. A Bíblia se refere somente a uma pessoa como aquele que nunca pecou, e este é: Jesus de Nazaré. "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus". (2 Co 5.21). "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado". (Hb 4.15).

Maria: Virgem perpétua
"Maria permaneceu virgem concebendo seu Filho, virgem ao dá-lo à luz, virgem ao carregá-lo, virgem ao alimentá-lo do seu seio, virgem sempre". (p 143, # 510). REFUTAÇÃO Na sociedade em que vivia Maria, ter muitos filhos era um sinal que a mulher contava com o favor divino, ao passo que, não tê-los identificava a mulher como não sendo uma bem~aventurada ou agraciada por Deus. Não existe razão para o catolicismo romano defender com tanto fervor esta doutrina que não encontra em nenhuma parte das escrituras, apoio, conforme veremos. "Não é este o Filho do Carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?" (Mt 13.55). Veja também Mc 6.3 e Gl 1.19.

Maria: Fonte de Santidade
"Da Igreja aprende o exemplo de santidade; reconhece a sua figura e sua fonte em Maria, a virgem santíssima". (p 534, # 2030).

REFUTAÇÃO
"Quem não temerá e glorificará o teu nome, ó Senhor? Por que só tu és Santo, por isso todas as nações virão a ti..." (Ap 15.4). "E chamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos exércitos; toda terra está cheia da sua glória". (Is 6.3). As palavras "santo" ou "santidade" são usadas mais de 600 vezes na Bíblia, mas nenhuma vez referindo-se a Maria. Segundo a orientação bíblica nos devemos ser santo, porque Deus é santo e não Maria como o catolicismo ensina. Confira em 1 Pe 1. 15,16 e Lc 11.44.

Maria: a intercessora
"Por isso, a bem aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira." (p. 274, # 969).

REFUTAÇÃO
Na Bíblia Sagrada esses títulos jamais foram atribuídos a Maria.

Vejamos cada um deles: Advogada:

"... se, todavia, alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo". (1 Jo 2.1).

Auxiliadora:
"Assim afirmamos confiantemente: o Senhor é o meu auxílio,não temerei; que me poderá fazer o homem?". (Hb 13.6).

Protetora:
A Bíblia não chama pessoa alguma de "protetora", inclusive Maria.

Mediadora:
"Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem". (1 Tm 2.5). "Por isso mesmo, ele (Cristo) é o mediador da nova aliança..." (Hb 9.15). Acerca do termo intercessão, a Bíblia fala de Jesus Cristo como o único intercessor, vejamos então: "Por isso também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles". (Hb 7.25). É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós". (Rm 8.34). Vemos então que a Bíblia jamais atribui o título de intercessora a Maria, caracterizando este ensinamento como "doutrina de homens".

O Purgatório
Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam após a morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do céu. A Igreja denomina purgatório esta purificação final dos eleitos". (p. 290,# 1030). A idéia de purgatório têm suas raízes no Budismo e em outros sistemas religiosos da antiguidade. Até a época do Papa Gregório 1 porém o purgatório não tinha sido oficialmente reconhecido como parte integrante da doutrina romanista. O Catolicismo romano formulou a doutrina de fé relativa ao purgatório sobretudo no concilio de Florença e Trento. Vejamos agora o que o Pe. Vicente, autor do livro " Respostas da Bíblia às acusações dos Crentes contra a Igreja Católica", fala acerca do purgatório:" Ë verdade que na Bíblia não se encontra a palavra ‘purgatório’, no entanto a Bíblia descreve situações, estados ou lugares que se identificam com a idéia de purgatório".

REFUTAÇÃO
A doutrina do purgatório não só é uma fábula engenhosamente montada, como traz no seu bojo um conjunto de absurdos e blasfêmias. Cito como exemplo a atribuição do mesmo poder do Sangue de Jesus ao fogo desse inexistente" purgatório". Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo pecado".(l Jo 1.7). "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus". (Rm 8.1) ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar pelo sacrifício de si mesmo, o pecado". (Hb 9.26).

lmagens
" As santas imagens, presentes em nossas Igrejas e em nossas casas, destinam-se a despertar e a alimentar a nossa fé no ministério de Cristo. Através do ícone de Cristo e de suas obras salvíficas, é a ele que adoramos. Através das santas imagens da Santa Mãe de Deus, dos Anjos e dos Santos, veneramos as pessoas nelas representadas". (p. 335, #1192).

Vejamos também o que diz o Pe. Vicente a respeito da "Veneração" de imagens: mesmo Deus, no livro de Êxodo, manda Moisés fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança. Manda-lhe também, fazer uma serpente de bronze e colocá-la por cima duma arte, para curar os mordidos pelas serpentes venenosas (Nm 21.8,9). Seria uma grave blasfêmia desses ‘crentes’, considerar Deus como esclerosado, já que no lugar da Bíblia manda fazer o imagens, esquecido que no outro lugar o teria proibido".

REFUTAÇÃO
No começo do século VII, Gregório, o grande (590-604), um dos Papas mais fortes, aprovou oficialmente o uso de imagens nas igrejas, mas institui que elas não fossem adoradas. Mas, durante os século VIII, ofereceram-se-lhes orações e elas foram rodeadas de uma atmosfera de ignorante superstição, de modo que até os mulçumanos zombavam dos cristãos, chamando-os de adoradores de ídolos, provando assim, que se Deus proíbe que o homem faça para si imagens, é que Deus sabe o perigo que esta prática representa à verdadeira fé; pela dificuldade que o homem tem de separar veneração de adoração. Observemos o que a Bíblia diz:

"Não fareis para vós outros ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura, nem coluna, nem poreis pedra com figuras da vossa terra, para vos inclinardes a elas: porque eu o Senhor vosso Deus".(Lv 26.1).

"Guardai-vos, não vos esqueçais da aliança do Senhor, vosso Deus, feita convosco, e vos façais alguma imagem esculpida, semelhança de alguma coisa que o Senhor vosso Deus vos proibiu". (Dt 4.23).

Acerca do argumento católico-romano, que vê nos querubins da arca e na serpente de bronze incentivo divino, para não só fazerem, mas adorarem imagens, afirmamos que qualquer aluno das nossas escolas bíblicas dominicais sabe que: os querubins eram ornamentos, e não objeto de adoração, bem como a serpente de bronze que no momento em que o povo começou a adorá-la, o bom rei Ezequias a destruiu. (Ver II Rs 19.4).

BIBLIOGRAFIA
"Bíblia de Estudo de "Genebra" — São Paulo e Baruerí, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
" Curiosidade da Bíblia e da História: De Adão aos Nossos Dias" —Jeovah Mendes, Tábuas da Lei, 1999.
" Defesa da Fé",- ICP,Ano2, Março/Abril/99, n°11.
"Heresiologia, Discernindo entre a verdade e o erro"- Raimundo Ferreira de Oliveira, 3a edição, EETDA, 1998.
"Manual de Doutrina das Assembléias de Deus no Brasil"- Elaborado pela CGADB, CPAD, 2000.
"Por amor aos católicos Romanos"- Rick Jones, Click Publication, 1997
" Religiões, Seitas e Heresias à luz da Bíblia"- J. Cabral, 4a Edição, Universal Produções.
" Resposta da Bíblia às acusações dos " Crentes " contra a Igreja Católica"- Pe. Vicente, SVD, 34~ Edição, livraria e Editora Pe. Reus, 1997.

Congregação Cristã no Brasil

Histórico
A Congregação Cristã no Brasil foi fundada pelo missionário Louis Francesco. Ele era pentecostal residia em Chicago, nos Estados Unidos. Dedicou-se ao trabalho de evangelismo, promovendo diversas conferências em várias cidades. Em todos os lugares por onde passava pregando o Evangelho, seus seguidores abriram e mantiveram Casas de Oração. Todos, especialmente os italianos, tinham grande consideração e respeito por ele, por seu trabalho e por sua vida íntegra. Viajou para Buenos Aires, juntamente com seus amigos Gugliemo Lombardi e Lucia Menria, abrindo lá uma Casa de Oração. Em 1910 foram para São Paulo fazer trabalho de evangelismo, principalmente entre os imigrantes italianos, nascendo então, a Congregação Cristã no Brasil. Em seguida, Francesco foi para o Norte do Paraná, onde deixou alguns seguidores, apesar da perseguição do catolicismo. Francescon voltou aos Estados Unidos e retornou varias vezes ao Brasil com a finalidade de supervisionar o trabalho que ele tinha iniciado.

Atualmente, o templo sede está localizado no Brás, em São Paulo, com capacidade para quatro mil pessoas. A Congregação mantém relatórios anuais com o número de batismos realizados e Casas de Oração estabelecidas. De acordo com seus relatórios, mais de um milhão de pessoas já foram batizadas pela seita, que mantém quase oito mil Casas de Oração no país, principalmente em São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Por que a (CCB ) é uma seita falsa?
Existem inúmeras razões que comprovam que essa seita é falsa e anticristã, pois nega ou torce algumas doutrinas básicas e fundamentais do cristianismo. A Congregação Cristã no Brasil jamais pode ser confundida como sendo uma religião cristã: ela é herética, confundindo os cristãos simples que pertencem a uma igreja cristã saudável. Ao se ler os artigos de fé da Congregação Cristã no Brasil, percebe-se que, no inicio do movimento não havia nada de herético com o grupo; entretanto, com o passar do tempo, a maioria dos propagadores do movimento não prega o que o seu fundador escreveu em seus artigos de fé. Isso se deve a falta de instrução e de conhecimento bíblico, pois os membros dessa seita são desincentivados quanto ao estudo bíblico e teológico. Com isso, as idéias pregadas pelos membros dessa seita são completamente diferentes do que Francescon expunha no inicio do século: são idéias antibiblicas, anticristãs e heréticas, embora haja pessoas dentro da Congregação que não acreditam nas grandes heresias pregadas pela seita, sendo pessoas cristãs, comprometidas com o reino de Deus.

A seguir são apresentados os erros e as heresias mais enfáticas da seita:

Orgulho religioso
Uma das características de uma seita falsa á a afirmação que só a igreja deles está cena, caracterizando-se tal igreja como um grupo sectário, orgulhoso e que despreza e critica outra igrejas cristãs. A Congregação Cristã no Brasil, como tantas outras seitas, acredita que só eles estão certos, só eles são salvos; afirmam, também, que as demais igrejas evangélicas pregam mentiras e que não há salvação para aquele que não é batizado na Congregação Cristã. Tais homens são chamados de orgulhosos e ignorantes pela Bíblia, pois apesar de nada entenderem sobre Cristo, estão envaidecidos com a idéia de serem sábios (1ªTm 6.4), fazendo com que muitos crentes abandonem a simplicidade da fé cristã (1ªTm 6.4). Jesus classificou tais tipos de pessoas como hipócritas, que ensinam preceitos humanos ao invés da verdade divina (Mc 7.7,8).

Rebatismo em nome de Jesus
Os adeptos da Congregação rebatizam aquele que vem de outra igreja evangélica, afirmando que ele não foi batizado “em nome de Jesus”. Afirmam que Pedro recebeu uma nova revelação no dia de Pentecostes (At 2.3 8). Obviamente, essa explicação dada por eles é absurda, visto que Jesus não seria capaz de mudar a posição sobre esse assunto, a respeito do qual se manifestara poucos dias antes (Mt 28.19). Além disso, o sentido do texto de Atos 2.38 é “seja batizado sobre o nome de Jesus”, ou seja, significa que, aos judeus, a quem a mensagem foi dirigida naquele momento, repousariam sua esperança e confiança na autoridade messiânica. A literatura da Igreja primitiva, tanto do primeiro século quanto do segundo, testemunha claramente de que a Igreja sempre manteve a ordenança de Jesus em Mateus 28.19, batizando “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Um dos exemplos clássicos é o Didaque, também chamado de O Ensino dos Doze Apóstolos, escrito no começo do segundo século. O capitulo 7 é um manual a respeito do batismo, onde se afirma claramente que a Igreja Cristã Primitiva batizava em nome da Trindade, assim como Jesus ensinou em Mateus 28.19.

Ademais, rebatizar alguém nunca foi prática da Igreja Cristã. Não há em o Novo Testamento nem na história da Igreja Cristã registro de rebatismo feito ou aprovado pelo ramo oficial e tradicional da Igreja. Quem sempre rebatizou foram os grupos sectários e heréticos, como os montanistas e donatistas, por exemplo, mas nunca a Igreja oficial. O único caso de rebatismo encontrado é em Atos 19, mas naquele caso os que foram rebatizados haviam sido batizados antedormente com o batismo de João, o qual possuía significado e aspecto até certo ponto diferentes do batismo cristão, instituído por Jesus momentos antes de subir ás alturas. A Bíblia é clara quando fala de “uma só fé e um só batismo” (Ef 4.5). Além do mais, a circuncisão era um ato sem repetição no tempo da antiga aliança e, por analogia, serve de precedente para o batismo na Nova Aliança, visto que o batismo cristão é paralelo da circuncisão judaica, segundo se aprende em Colossenses 2.11,12

Proselitistas
Outra característica básica de uma religião falsa é o proselitismo. Os adeptos da Congregação Crista no Brasil são essencialmente proselitistas; vivem procurando seus futuros adeptos entre os membros das igrejas evangélicas. Aproveita-se do fato de que essas pessoas já foram evangelizadas, procurando assim, convencer tais pessoas a ingressarem na Congregação. Eles, portanto, não evangelizam, mas sim, injetam o veneno do fanatismo nos ingênuos e menos conhecedores da verdade. Para conseguir seu objetivo, os adeptos da seita são capazes de usar meios mundanos e pecaminosos. Como a difamação, a calúnia e a ameaça. Essa forma de trabalho não vem de Deus. O cristão verdadeiro deve seguir o conselho da Bíblia quando diz: “evita o homem faccioso” (Tt 3.10) e “Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis boas-vindas (2ªJo 10).

Sonhos, revelações e sentimentos ao invés da Bíblia.
Os adeptos da Congregação Crista no Brasil vivem de sentimentos, pois tudo o que fazem dentro ou fora do templo atribuem ao fato de “terem sentido pelo Espírito”. Agem, dessa forma, como se fossem robôs nas mãos de Deus. Afirmam, também, ser desnecessário o estudo das Escrituras ou de assuntos religiosos, apelando para as “revelações particulares”, substituindo, portanto, o conhecimento e o estudo do Livro Sagrado por seus próprios sentimentos e emoções. Usam sonhos, revelações e sentimentos apenas para defender suas práticas e seus pontos de vista, através de versículos descontextualizados, enganando assim, os ingênuos e os de pouco conhecimentos. Jesus afirmou que haveriam de vir os falsos cristos e falsos profetas, os quais fariam sinais que enganariam muita gente (Mt 24.24). Ademais, se recebem todas as revelações necessárias por sonhos, revelações e sentimentos, desprezando assim o estudo, por que fazem uso de Bíblias traduzidas para o português por estudiosos das igrejas chamadas tradicionais? Por que, então, não possuem uma versão bíblica exclusiva, baseada em suas experiências?

A única regra de prática e fé do cristão verdadeiro deve ser a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada; nunca se deve confiar em sonhos, revelações ou sentimentos, pois “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas” (Jr 17.9). Os que são guiados por sonhos e revelações são levados de um lado para outro, pois há várias pessoas afirmando ter tido revelações especiais de Deus, revelações essas as mais contraditórias possíveis.

Ademais, vários outros falsos profetas, como Ellen White, Joseph Smith, Rev. Moon e tantos outros, afirmam que tiveram revelações e todos eles andam fora da Palavra de Deus. Se tiver que escolher entre ficar com a Bíblia e ficar com sentimentos, sonhos e revelações de outras pessoas, o verdadeiro cristão sempre haverá de ficar com a Bíblia, pois ela é a fonte de autoridade para a nossa crença, e não declarações subjetivas e experiências místicas de pessoas que, na maioria das vezes, não crêem nas doutrinas básicas do evangelho de Jesus Cristo.

Cultura e Estudo
Os adeptos da Congregação Cristã no Brasil defendem a idéia de que o ancião, que é o líder da igreja local, não precisa de nenhum tipo de estudo para pregar o evangelho. Dizem que todo o conhecimento necessário é dado diretamente pelo Espírito Santo. Afirmam que estudar é adquirir a sabedoria do mundo e não a divina. O texto básico deles é Mateus 10.19,20, mas quando se analisa essa passagem com cuidado, dentro de seu contexto, verifica-se que não há nenhuma idéia ou sugestão para que o crente relaxe em seu estudo e em seu conhecimento da verdade. Essa passagem se refere à maneira como o cristão deve se comportar no momento da provação, no caso de vir a ser entregue aos tribunais e à presença de autoridades governamentais.

Citam o exemplo dos apóstolos, querendo afirmar com isso que eram leigos, indoutos e iletrados. Isso, entretanto, não é verdade. Pedro, um dos mais simples, não só conhecia textos do Antigo Testamento como também ouviu de Jesus Cristo, o Mestre dos Mestres, todos os ensinamentos necessários antes de iniciar o seu ministério terreno. Paulo era um dos maiores eruditos e intérpretes da lei em sua época; depois de ser batizado ele ficou por três anos em meditação e reflexão no deserto da Arábia, para depois iniciar o seu ministério (Gl 1.16–18). Quando estava preso em Roma, pediu ao seu amigo Timóteo que lhe trouxesse os livros, especialmente os pergaminhos (2ªTm 4.13). Paulo de forma alguma rejeitava consultar, além da “Bíblia” de sua época, os livros disponíveis que estavam ao seu dispor. 2ªTm 3.8 cita dois nomes que não se acham no Antigo Testamento. Onde Paulo os teria encontrado, senão na literatura extrabíblica? Há inúmeros outros versículos bíblicos que enfatizam que o cristão deve buscar maior conhecimento através da leitura, do estudo e de outras formas de aprendizagem (Pv 9.9; Mt 13.52; 2ªTm 2.15).

Além de tudo isso, os adeptos da Congregação se esquecem que se eles possuem a Bíblia em mãos hoje, é porque uni grupo de homens se dedicou ao estudo, às letras, à cultura, para traduzir a Bíblia para o nosso idioma. Para traduzir a Bíblia é necessário estudar Grego, Hebraico e Português com muita profundidade. O próprio Hinário que eles usam em seus cultos contém hinos escritos por grandes estudiosos que não pertenciam a Congregação Cristã no Brasil, é claro; pertenciam a igrejas como a Metodista, Batista, Presbiteriana e Luterana, por exemplo.

É claro que Deus pode chamar uma pessoa sem estudo e sem muita cultura para pregar o evangelho; isso, entretanto, não impede que ela estude e se prepare para proclamar a boa nova de salvação. Deus nos usa em nossas fraquezas e limitações, mas nunca a mente preguiçosa. A sabedoria, ungida e usada pelo Espírito Santo de Deus é uma bênção; a ignorância, ao contrário, leva a erros e afirmações ridículas, rebaixando a obra do Criador e criando absurdos e heresias.

Salvação pelas Obras
Os pregadores da Congregação Cristã no Brasil interpretam erroneamente doutrinas fundamentais do evangelho, especialmente a doutrina da justificação pela fé em Jesus Cristo, apesar desta doutrina ser apresentada de forma correta e bíblica em seu credo oficial. O que acontece é que os adeptos da seita estão envolvidos pelo emocionante clima das “revelações” de forma tão acirrada e cega, que deixam de apresentar à “irmandade” a verdadeira crença da seita no seu começo, em 1910. Ao invés, apresentam o ensino que determinados costumes orientais existentes nos templos bíblicos, tais como o ósculo santo e o uso de véu por parte das mulheres, são totalmente necessários para a salvação de uma pessoa. Afirmam também que quem não é batizado com o batismo ministrado pela Congregação, não será salvo jamais. Com isso, estão pregando a salvação pelas obras, ou seja, estão dizendo que as pessoas são justificadas pela observância dos costumes e práticas peculiares de sua igreja, negando assim, a graça incondicional de Deus através da obra expiatória de nosso Senhor Jesus Cristo (Ef 2.8–10; Rm 3.20–24). Esse ensino, na verdade, é o maior problema da Congregação Cristã no Brasil, pois uma das marcas características de uma seita é a negação ou a deturpação da doutrina da justificação pela fé em Cristo Jesus ensinada em o Novo Testamento, sistematizada por Agostinho e revitalizada pelos reformadores Lutero e Zwinglio, mensagem esta que também foi pregada por Louis Francescon, fundador da Congregação Cristã no Brasil.

Outro fator importante é que eles afirmam que não se pode ter certeza da salvação. Isso se origina do fato de buscarem a salvação nas obras, ou seja, em certos rituais religiosos de sua igreja. Entretanto, a Bíblia ensina que o cristão pode ter a certeza de sua salvação (Jo 3.16–18; Rm 8.16; Jo 1.12,13; 1ªJo 5.13). Paulo, João e Estevão tinham plena convicção de sua salvação antes de morrerem (Fp 1.23; At 7.59; Ap 22.20). A certeza da salvação do cristão está no fato de que ela não depende de seus méritos, mas dos méritos de Cristo Jesus alcançados na cruz do Calvário.

Oração só de Joelhos
Os seguidores da seita somente oram de joelhos, afirmando que Deus não ouve qualquer oração que se fizer de outra forma. Usam o texto de Filipenses 2.10 para embasar tal ensinamento, errando mais uma vez na interpretação bíblica, pois o contexto da passagem mostra claramente que o assunto não é a oração dos fiéis, mas sim, um acontecimento no último dia, quando todos reconhecerão o Senhorio de Jesus Cristo. Ademais, a Bíblia fala de muitas pessoas que oraram em outras posições e suas orações foram respondidas:

– O rei Ezequias orou deitado e Deus ouviu a sua oração (2ºRe 20.1–5);
– O publicano orou em pé e desceu justificado para casa (Lc 18.13,14);
– Jonas orou no ventre do peixe (Jn 2);
– Jesus orou em pé junto ao túmulo de Lázaro e sua oração foi ouvida, não sendo pecado, portanto, orar em pé como afirmam os segui dores dessa seita (Jo 11.41,42);
– Jesus também orou na cruz (Lc 23.34-42). Dizer que Deus não atende a oração de quem ora em pé ou que quem não ora de joelhos está em pecado, é contrariar a própria Bíblia.
Conclusão
Infelizmente, muitas pessoas estão cegas e enganadas pelos ensinos dessa seita, confiando em sua agremiação religiosa, em seus méritos como meio de salvação. Existem outros erros pregados pela Congregação, como por exemplo, a exigência das mulheres usarem o véu durante o culto, a proibição delas falarem na Igreja, mas esses erros estão relacionados mais a determinadas ênfases em usos e costumes e refletem mais o machismo e o preconceito com relação às mulheres do que propriamente uma doutrina com embasamento teológico e bíblico. Os itens estudados acima já são suficientemente claros para mostrar que a Congregação Cristã é uma seita e não uma igreja cristã. A pergunta que fica é: pode alguém, em sã consciência, após analisar esses fatos, continuar a seguir cegamente os ensinos falsos, distorcidos e heréticos da Congregação Cristã no Brasil?

Espiritismo

Origem
A palavra espiritismo tem sua origem no vocábulo francês espiritisme. É uma doutrina filosóficoreligiosa baseada no crença da comunicação entre os vivos e os mortos (Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa. Celso Pedro Luft).

O espiritismo, enquanto tentativa de contato com os mortos, fazia parte da cultura de vários povos da antiguidade como os egípcios, caldeus. assírios, hindus, chineses, gregos, romanos, e dos primeiros habitantes da palestina.

O início oficial do espiritismo moderno, deuse em um lugarejo de Nova Iorque nos Estados Unidos, chamado Hydesville, no ano de 1848, num curioso episódio ocorrido na residência dos Fox. Cujas doutrinas foram codificadas nove anos depois por Allan Kardec.


Divisões do espiritismo
Espiritismo Comum
Quiromancia, cartomancia, grafologia, hidromancia, astrologia.

Baixo Espiritismo
Também conhecido coma espiritismo pagão, identificado pelas seguseguintes práticas: vudu, candomblé, umbanda, quimbanda, macumba.

Espiritismo Científico
Também conhecido como “alto espiritismo”, “espiritismo ortodoxo”, “espiritismo profissional”, ou “espiritualismo”. Essa classe de espiritismo vem mascarada pelos seguintes títulos: ecletismo, esoterismo e teosofismo.

Espiritismo Kardecista
Como o próprio nome sugere, essa classe do espiritismo tem sua doutrina baseada nos ensinamentos de Allan Kardec.


Confrontos Doutrinários
Nega a inspiração divina da Bíblia (II Tm 3.16,17);
Nega a doutrina da trindade (II Pd 1.17; Jo 1.1; At 5.3,4);
Nega a deidade de Cristo (Mc 2.112; Jo 9.36.37; Jo 20.28):
Nega a ressurreição corporal de Jesus (At 1.3;I Co 15.38);
Nega nossa redenção por Cristo (1 Tm 1.15);
Nega a existência do céu como lugar de felicidade (Rm 14.17):
Nega a existência do inferno como lugar de tormento eterno (Mt 5.2229);
Nega a existência do diabo e dos demônios (Lc 10.17,18);
Nega a ressurreição do corpo (1 Co 15.149);
Nega os milagres de Jesus.
Toda estrutura do espiritismo tem sua sustentação em duas colunas. sem as quais o mesmo ruiria. Que são: a reencarnação e a invocação dos mortos.

REENCARNAÇÃO: crença de que quando uma pessoa morre, seu espírito voltará a ocupar outro corpo. Refutação: “Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo. (Hb 9.27)

INVOCAÇÃO DOS MORTOS: acerca deste ponto iremos ler 1 Samuel 28.
Refutação:“Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der. Não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações, entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador. nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos: pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus a lança fora diante dele. Perfeito serás. Como o Senhor teu Deus. Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores: porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal cousa”, (Dt l8.914).
Vejamos agora, de maneiro sintetizada, o posicionamento do Espiritismo acerca dos seguintes assuntos:

DEUS: É um ser impessoal em forma de inteligência e ao mesmo tempo um poder supremo.
JESUS: Ele foi o maior médium, um espírito evoluído e iluminado, O ser mais perfeito que jamais esteve na terra, e que não é Deus. Afirmam que não há igualdade absoluta entre Deus e Jesus.
ESPÍRITO SANTO: Afirmam que o “Consolador” a quem Jesus se referiu, seriam os espíritos de luz. Assim o espiritismo é o que Jesus disse do consolador prometido.
A BÍBLIA: Não tem a Bíblia como base de sua crença: A Bíblia está repleta de erros. Utilizam o “Evangelho Segundo o Espiritismo” e o “Livro dos Espíritos”.
A SALVAÇÃO: Crêem na salvação através das boas obras, e na reencarnação como condição de evolução espiritual conseguida pelo próprio homem.

Cultos espíritas

Umbanda
É um misto de espiritismo kardercista, catolicismo, budismo e mediunismo. Não tem um corpo doutrinário definido e está se estabelecendo rapidamente no Brasil.

Os terreiros de umbanda aparecem da noite para o dia. Principalmente nas periferias das cidades, porém recebe a visita de pessoas de todas as camadas sociais, que buscam através da prática da feitiçaria soluções para todos os tipos de problemas.

A palavra umbanda, que quer dizer “dolado de Deus” ou “dolado do bem”, é uma religião de magia e feitiçaria, politeísta, fetichista e mitológica, muito semelhante ao candomblé.

Na umbanda. o orixá é odorado e servido, e motivo de orgulho para o médium (cavalo), O exu é evitado, e quando numa seção se incorpora. é logo afastado.


Quimbanda

Umbanda e quimbanda são semelhantes. É muito comum a realização de sessões de quimbanda nos terreiros de umbanda. Embora sejam semelhantes não são iguais; embora usem frequentemente os mesmos pontos e invoquem as mesmas entidades, existe uma teórica rivalidade entre as duas. Veja algumas diferenças:

A umbanda dedicase à prática do “bem”, embora algumas vezes seja usada para o mal. É também definida como “magia branca”.
A quimbanda dedicase a fazer o mal, atendendo solicitações de seus adeptos e admiradores, também definida como “magia negra”,
Uma das práticas mais comuns da umbanda, é “desfazer” o trabalho ruim, normalmente feito pelos adeptos da quimbanda.
Na quimbanda. uma das práticas mais comuns é reforçar ou fazer um trabalho maior do que foi feito na umbanda, no intuito de agradar mais aos exus para obter seus favores, para o bem ou para o mal.
Na umbanda, predominam nas oferendas as flores, velas, perfures e enfeites
Na quimbanda. a predominância está no sangue e nos sacrifícios dos animais.
Frase comum na umbanda: “Deus é pai de todos...”
Frase comum na quimbanda: “Deus é bom, mas o diabo não é mal”.
Obs.: Exu é uma entidade diabólica na mitologia africana.

Enquanto nos Evangelhos os demônios são combatidos, no espiritismo eles são servidos, agradados e até mesmo adorados, como no caso da quimbanda.


Candomblé
É um culto fetichista semelhante o quimbanda, mas com suas peculiaridades. É o mesmo espírito que opera nesses cultos: satanás e seus demônios.

O que se sabe no candomblé, suas doutrinas, seus rituais e sua prática, são declarações de pessoas que saíram desse abismo espiritual e entregaram suas vidas ao Rei dos reis e Senhor dos senhores: Jesus Cristo.

Algumas característicos do candomblé:

Seu segredo baseiase nas folhas e ervas que usam nos trabalhos. Umas destinamse a fazer o mal, outras o bem.
Candomblista tem os orixás como deuses ou espíritos bons, suplicados para o cliente conseguir favores.
Mistura de ervas com pós, terra de lugares santos, pedras e coisas desse tipo são feitas para obtenção de várias finalidades, tais como: pó do amor, bebida para fechar o corpo, pó da sedução, banhos para afastarem mau olhado etc.
A prática de “fazer a cabeça” é uma maneira de se vender a alma ao orixá. É uma chantagem diabólica que obriga a pessoa o renunciar enquanto vive sua própria salvação. Daí os adeptos do candomblé julgarem que nunca mais o poderão deixar. Para estes, é boa a palavra de Jesus: “Se pois o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (Jo 8.36)

Macumba
É chamado candomblé (Bahia); tambordemina, tambor crioulo (Moranhão); xangô (Pernambuco, Alagoas); babaçuê (Pará); curimba etc.

De modo geral, podese considerar como macumba, o culto fetichista, de origem africano e de prática popular, sem normas, doutrinas, formas e proibições.

A prática desse culto foi introduzida no Brasil pelos escravos africanos, que aos poucos foram angariando adeptos, principalmente dentre os pobres e favelados.

Curiosidade
Muitos dos orixás desses cultos que foram citados, tem no catolicismo romano um santo correspondente. Por exemplo: lemanjá — Nosa Senhora: lansã — Santa Bárbara; Oxolá — Jesus Cristo; Ogum — São Jorge; Oxossi — São Sebastião; Omulu — São Lázaro.


Advertências Bíblicas
Não conservar material dessas religiões (Dt 13.17)
Não mutilar o corpo (Dt 18.9 12)
Não praticar feitiçaria (Dt 18.912)
Não servir a mais ninguém, além de Deus (Js 24.20).
Não queimar incenso (2 Rs 22.17).
Não entrarão no céu os feiticeiros e os idólatras (Ap 22.15)

Bibliografia
HERESIOLOGIA. Raimundo Ferreira de Oliveira. EETAD
PORQUE DEUS CONDENA O ESPIRITISMO, Jefferson Magno Costa, CPAD
GRANDES VERDADES SOBRE O ESPIRITISMO. Reginaldo Pires Moreira, JUERP
DESMASCARANDO AS SEITAS. Natanel Rinaldi / Paulo Rorneiro, CPAD
REVISTA DEFESA DA FÉ, Novembro

LBV (Legião da Boa Vontade)

Histórico
O nome "Legião da Boa Vontade" tem origem em uma tradução errada do texto de "Glória a Deus nas alturas, paz na terra para os homens de boa vontade". A tradução correta, no entanto, não deixa dúvidas de que a Boa Vontade é de Deus, não dos homens. Líder fundador: Alziro Zarur (25/12/1914 - 21/10/1979). Zarur era filho de um casal de católicos ortodoxos que viera da Síria. 1926, Zarur, aos doze anos de idade, inicia sua carreira de locutor. Neste ano, diz ter recebido uma revelação de Jesus, dando-lhe a missão de revelar e pregar o Novo Testamento no sentido oculto e prático. 1949 lança o programa "Hora da Boa Vontade". 1950 - no dia 01/01 a LBV é organizada oficialmente. 1959 - no dia 5/09 institui a "Religião do Novo Testamento".

Segundo o regimento interno, "fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, baseada em Jo 13.34 e no Evangelho, tendo por finalidade a pregação do Evangelho". A proposta: "Sendo uma religião simbólica, não terá hierarquia nem liturgia; não terá bens materiais nem templos: a igreja do legionário é a sua própria casa, e cada legionário é o templo de Deus".

1959 - no dia 07/09, proclama o sentido prático do Novo Testamento: "Ou as religiões se irmanam em nome de Deus, ou o materialismo ateu as devora, à proporção que elas se combatem e se devoram, fortalecendo seu inimigo mortal, que nega a existência de Deus e a imortalidade da alma".

Zarur fez três juramentos em vida, diante dos microfones: Voto de pobreza, celibato e não envolvimento político. Não cumpriu nenhum: montou uma imensa fortuna sob o manto da LBV, casou-se e, depois, candidatou-se à Presidência da República.

Após a morte de Zarur, o seu secretário José Simões de Paiva Neto (02/03/1941), assume a presidência da LBV. Paiva Neto promoveu um verdadeiro culto à personalidade de Alziro Zarur: "Alziro Zarur está vivo enquanto a LBV executa suas idéias".

As doutrinas da LBV. As obras assistenciais da LBV fazem com que ela tenha um enorme prestígio perante a sociedade. Mas, por trás do cuidado com o corpo está um doutrinamento severo do espírito e da mente.

Zarur se entendia como a reencarnação de Allan Kardec, por isso afirmou: "O espiritismo não deu a última palavra". No livro Jesus, a Saga de Alziro Zarur, vol 2, Zarur reiteradas vezes afirma ser a reencarnação de Allan Kardec. Por isso, Paiva Neto afirmou: "Zarur e Kardec são um no Cristo de Deus" Para a LBV Allan Kardec não concluiu sua obra e, por isso, Alziro Zarur veio completá-la. É em conseqüência dessa crença que a LBV se intitula "A Quarta Revelação de Deus aos homens". Como tal, a LBV se considera a última revelação de Deus e alega ser um tipo de religião ecumênica onde se fundem todas as religiões humanas: "A religião divina, em que se fundem todas as religiões humanas, ensina: religião, filosofia, ciência e política e são quatro aspectos da mesma verdade - Deus" (Livro de Deus, p.23).


As quatro revelações são assim descritas:
1ª) a de Deus, confiada por Jesus a Moisés, contida no dez mandamentos;
2ª) a de Jesus, trazida pessoalmente por ele, e que está nos quatro evangelhos;
3ª) a dos espíritos, cujos instrumentos foram no sec. XIX Kardec e Roustaing;
4ª) a de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, que é a Revelação do Novo Testamento ou do Amor Universal, incluindo o apocalipse de Deus, dado por João por Jesus na ilha de Patmos e agora integralmente revelado ao mundo pelo Espírito da Verdade. Só mesmo a LBV, o campo neutro do Cristo, poderia fazer esta unificação” (Jesus, a Saga de Alziro Zarur, vol 3).

O que é o Espírito Santo para a LBV:
"O Espírito Santo, de modo geral, não era – e não é — um Espírito Especial, mas uma designação figurada, que indicava – e indica – o conjunto dos espíritos puros, dos espíritos superiores e dos bons espíritos. É a Falange Sagrada, instrumento da ordem hierárquica da elevação moral e intelectual, ministra de Deus – uno, indivisível, eterno, infinito – que irradia por toda a parte" (idem, vol 2, p,123).


O que é a Bíblia para a LBV:
Para a LBV, a Bíblia é repleta de contradições e, por isso afirmam: "Ora, isso explica a necessidade das revelações progressivas, cuja finalidade (traçada pelo próprio Jesus) é corrigir e atualizar a parte humana da Bíblia Sagrada. Portanto, com todos os erros, de origem humana, a Bíblia contínua certa, como demonstra a Doutrina do Céu da LBV" (Jesus, a Saga de Alziro Zarur, vol. 2, p.86).


O que é Jesus para LBV:
"Há quase dois mil anos, Jesus ensinou a verdade, mas não toda a verdade. Isto ele o declarou com muita clareza, firmando o princípio das revelações progressivas". (idem, vol 2).

Para a LBV, Jesus não tinha um corpo real, mas um corpo ilusório: "Jesus não poderia nem deveria, conforme as imutáveis leis da natureza, revestir o corpo material do homem do nosso planeta, corpo de lama, incompatível com sua natureza espiritual, mas com um corpo fluídico, apto a longa tangibilidade, formado segundo as leis das esferas superiores, por aplicação e conformação dessas leis aos fluidos ambientes de nosso planeta" (idem, p.108). (veja 1ªJo 4.1–3).

Jesus, na concepção da LBV, não é Deus: "Agora, o mundo inteiro pode compreender que Jesus, o Cristo de Deus, não é Deus nem jamais afirmou que fosse Deus" (Jesus, a Saga de Alziro Zarur vol 2, p.112).(veja 1ªJo 1.22). Embora neguem a divindade de Jesus, sempre enaltecem sua personalidade e seu ensino moral, ao defenderem a doutrina moral de Jesus, o fazem como forma de apaziguar a negação de sua divindade.

Como o ensino de Jesus é meramente moral, a expiação é ridicularizada: "Jesus veio para morrer por nós ou para viver por nós? Portanto, Jesus, que não morreu por nós, mas viveu por nós, está mais vivo do que nunca na direção do planeta que ele próprio criou". (idem, p.99).


A LBV e a reencarnação:
A LBV aceita a reencarnação como verdade irrefutável: "Só a reencarnação e os séculos de expiação, reparação e progresso poderiam preparar as inteligências e os corações de maneira a fazer deles odres novos, capazes de conservar o vinho novo" (idem, p. 259).

Negando o sacrifício vicário de Cristo e confessando a reencarnação, a LBV afirma que a salvação (evolução no plano espiritual) acontece tão somente pelas boas obras. (Fora da caridade não há salvação).

O que adianta obras sem Fé? (Mc 16.15,16; Hb 11.6). A salvação é pela graça mediante a fé (Ef 2.8,9). A fé verdadeira, conquanto, resulta em caridade (Mt 22.39; 1ªCo 13.3; Tg 2.14–17; 1ª Jo 4.20,21).